Com Étienne Balibar, Roger Establet e Pierre Macherey, Jacques Rancière escreve Lire le Capital (Ler O Capital). Em La Leçon d’Althusser (de quem Rancière foi aluno), critica a abordagem althusseriana do marxismo, ao mesmo tempo em que trata das condições do Partido Comunista e da Universidade na França pós 1968. Organiza, então, Révoltes Logiques, movimento de que participam jovens intelectuais como Arlette Farge e Geneviève Fraisse. Funda revista homônima.
Sua tese de doutorado sobre os utopistas do século XIX (notadamente Étienne Cabet) é publicada sob o título La Nuit des prolétaires. Archives du rêve ouvrier (A noite dos proletários. Arquivos do sonho operário). Em Le Philosophe plébéien (O filósofo plebeu), Rancière reúne escritos inéditos de Louis Gabriel Gauny, operário filosófo. Interessa-se, a seguir, por outro personagem pouco convencional: Joseph Jacotot, que, no começo do século XIX, questionou radicalmente os fundamentos da pedagogia tradicional. Esse estudo resultará numa biografia filosófica intitulada Le Maître ignorant (O mestre ignorante). Depois de Les Mots de l’histoire (As palavras da história), Rancière, que é também cinéfilo, escreve Courts voyages au pays du peuple (Viagens curtas ao país do povo), sob a forma de três novelas filosóficas, que tratam das relações entre imagem e saber, utopia e realidade, literatura e política.
Participou das seguintes coletâneas: A crise da razão e Ensaios sobre o medo.