Robert Stam

Robert Stam é Ph.D em Literatura Comparada pela Universidade de Berkeley e professor da de Nova York, na qual pesquisa as literaturas anglo-americana, francesa, francofônica e luso-brasileira, de modo a trabalhar com referências de vários campos culturais. Escreveu Sobre a reflexão em cinema e literatura, que trata de estratégias simbólicas que vão de Cervantes a Jean-Luc Godard, assim distribuídas: lúdicas, como as de Fielding e Keaton; vanguardistas, como as de Alfred Jarry e Buñuel, e didáticas, como as de Brecht e Godard mesmo. Trabalha também com as noções de cultura, estética, política, história intelectual, raça e pós-colonialismo. Inspirado em Ella Shohat, Bakhtin e na transtextualidade, escreveu ainda O cinema depois de Babel: linguagem, diferença, poder e Desconstruindo o eurocentrismo: multiculturalismo e media, um livro “brilhante” segundo Edward Said. Com Literatura através do cinema: realismo, mágica e a arte da adaptação, defende que Cervantes foi o pai do Realismo Mágico, Defoe do Realismo Colonialista e Flaubert do imagismo cinematográfico. Já Fielding e Machado de Assis foram pensadores paródicos, Dostoievski e Nabokov narradores neuróticos, Marguerite Duras e Clarice Lispector experimentadoras feministas e Mario de Andrade e Alejo Carpentier admiráveis realistas latino-americanos.

A relação entre cinema, literatura e cultura popular no Brasil estimulou nova fase de pesquisas de Stam, que culminou em English of brazilian Cinema e Tropical multiculturalism: a comparative history of race in brazilian cinema and culture.

Stam foi professor no Brasil, na França, Alemanha Tunísia e em Abu Dabi.

Participou da coletânea Ensaios sobre o medo.